1) Gin (London Dry)
O amigo versátil que se dá bem com todo mundo — vai da tônica ao clássico autoral.
Escolha um London Dry decente; fuja dos que parecem “perfume de vó”.
Montar um bar em casa é como aprender a tocar guitarra: todo mundo acha que precisa começar com uma Les Paul de 50 mil reais, mas na real você só precisa de três acordes e vontade de impressionar alguém. A diferença é que, no bar, os três acordes são vodka, gin e whisky — e você não vai acordar o vizinho às 3 da manhã (a menos que convide ele pra beber).
Se você está cansado de servir apenas cerveja e vinho para as visitas, ou pior, aquela vodka com Tang que sobrou da faculdade, chegou a hora de evoluir. Este guia vai te transformar de “pessoa que tem uma garrafa de Campari empoeirada” em “bartender caseiro que faz os amigos pedirem bis”.
Antes de sair comprando tudo que tem rótulo bonito no free shop, vamos falar do essencial. Com essas cinco garrafas, você consegue fazer mais de 20 drinks clássicos — e ainda sobra espaço no armário para esconder os presentes ruins de amigo secreto.
O gin é como aquele amigo versátil que se dá bem com todo mundo. Casa perfeitamente com tônica no clássico Gin Tônica, vira obra de arte no Negroni e ainda brilha sozinho no Martini. Escolha um London Dry decente — não precisa ser o mais caro, mas fuja daqueles que parecem perfume de vó.
A vodka é o curinga do bar. Neutra, versátil e salvadora de drinks mal planejados. Do simples Screwdriver ao sofisticado Cosmopolitan, ela está em todo lugar. E sim, pode deixar no freezer — não é frescura, é ciência.
O whisky é o protagonista dos drinks com personalidade. Um bom bourbon transforma água com gás em um Whiskey Highball respeitável, e é a alma do Old Fashioned e do Manhattan. Comece com um bourbon médio — depois você evolui para os single malts quando o cartão de crédito permitir.
O rum é a festa tropical engarrafada. O branco vai bem no Mojito e no Daiquiri, enquanto o escuro dá profundidade ao Dark and Stormy. É a garantia de verão o ano inteiro.
O vermute é aquele ingrediente que separa os meninos dos homens na coquetelaria. Essencial para Martinis e Manhattans, ele adiciona complexidade sem roubar a cena. E não, não é “só vinho com ervas” — é uma categoria inteira de possibilidades.
Agora que você tem as garrafas, precisa dos instrumentos. É como cozinhar: dá pra fazer omelete com garfo e frigideira velha, mas fica bem melhor com os equipamentos certos.
A regra é simples: drinks com suco, creme ou clara de ovo vão no shaker. Drinks só com destilados e licores são mexidos gentilmente. James Bond pedindo Martini batido? Marketing puro. Aprenda quando agitar e preserve a integridade dos seus coquetéis.
Gelo não é só água congelada — é o maestro invisível do seu drink. Cubos grandes para drinks mexidos, gelo picado para Juleps, e cada tipo tem sua função. Usar gelo de posto de gasolina? Só se você quiser que seu whisky tenha gosto de freezer velho.
Uma casca de limão bem cortada libera óleos essenciais que transformam o drink. Uma cereja no Manhattan, uma azeitona no Martini — não é frescura, é finalização. É a diferença entre comida caseira e comida de restaurante.
Comece com os clássicos simples: Gin Tônica, Cuba Libre, Moscow Mule. São drinks que perdoam erros e ainda assim impressionam. Evite os erros clássicos e você já sai na frente.
Hora de explorar xaropes caseiros, bitters e drinks com técnicas especiais como dry shake. Seu Whiskey Sour agora tem espuma digna de barista.
Você já faz infusões e macerações, tem bitters caseiros e está criando drinks autorais. Seus amigos já pedem “aquele drink que você fez na última vez”.
Partes iguais de gin, Campari e vermute doce. Mexido, não batido. É o teste de fogo para qualquer aspirante a bartender.
Rum, limão e açúcar. Simples no papel, complexo na execução. O equilíbrio é tudo.
Whisky, vermute doce e bitters. Mexido com gelo grande, servido sem. Elegância em forma líquida.
Tequila, Cointreau e limão. A santíssima trindade mexicana que nunca decepciona.
Vodka, gengibirra e limão. Servido na caneca de cobre porque a estética também bebe.
O equilíbrio perfeito entre doce, azedo e alcoólico. Com clara de ovo, porque você não é amador.
Montar um bar em casa não é sobre ter todas as garrafas possíveis ou os acessórios mais caros. É sobre criar um espaço onde você pode experimentar, errar, acertar e principalmente compartilhar momentos. É sobre transformar “vamos tomar uma” em “deixa que eu preparo algo especial”.
Comece devagar, erre bastante (os erros também se bebem), e evolua no seu ritmo. Logo você vai perceber que a diferença entre um drink bom e um drink memorável está nos detalhes — no gelo certo, na medida precisa, na guarnição perfeita.
E lembre-se: o melhor bar em casa é aquele que está sempre aberto para os amigos. Mesmo que você só saiba fazer três drinks. Principalmente se um deles for Caipirinha.
Com este kit essencial dá pra fazer 20+ clássicos sem lotar o armário.
O amigo versátil que se dá bem com todo mundo — vai da tônica ao clássico autoral.
Escolha um London Dry decente; fuja dos que parecem “perfume de vó”.
O curinga do bar: neutra, versátil e salva receitas mal planejadas.
Pode deixar no freezer — não é frescura, é física (viscosidade & percepção de álcool).
O protagonista dos drinks com personalidade — do clássico mexido ao highball refrescante.
Comece com um bourbon honesto; evolua para rótulos especiais quando fizer sentido.
Tropical na veia: o branco traz frescor; o escuro, profundidade e especiarias.
Tenha um branco seco para sours & highballs e um escuro para riffs mais encorpados.
O divisor de águas: dá complexidade, equilibra açúcares e amargos sem roubar a cena.
Guarde na geladeira após aberto — oxida como vinho.
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