Rock, Rap e Rum: O que seus ídolos musicais bebiam
Imagine um palco iluminado, guitarras gritando, um rapper cuspindo rimas ou uma diva pop no auge da coreografia. Agora repare no canto do palco: sempre tem um copo, uma garrafa, uma bebida que virou quase um amuleto. Sim, a história da música é também a história dos drinks — e muitas vezes o que estava no copo explica tanto quanto a letra da canção.
Lemmy Kilmister e o casamento eterno com Jack & Coke

Se você pedisse qualquer coisa diferente no copo do Lemmy, provavelmente levava um olhar capaz de te expulsar do bar. O frontman do Motörhead eternizou a mistura de uísque Jack Daniel’s com Coca-Cola como se fosse parte da partitura. A devoção foi tão séria que, depois de sua morte, fãs passaram a pedir esse drink nos bares chamando de “um Lemmy”.
Snoop Dogg e o Gin & Juice

Anos 90. West Coast. Snoop Dogg coloca um Gin & Juice na letra, no clipe e na vida. Resultado: o drink virou parte do imaginário do hip hop. É a prova de que um copo bem servido pode ser mais icônico que qualquer Grammy. Ah, e a música é praticamente um manual: gin, suco e estilo.
Janis Joplin e Southern Comfort

Enquanto o mundo via Janis incendiar palcos, sua garrafa preferida era o Southern Comfort, um licor de uísque adocicado e traiçoeiro. Ela até aparecia com a garrafa na mão em entrevistas. Rebelde, intensa, cheia de melancolia — tal qual o gole que aquece e derruba.
Amy Winehouse e o Rickstacy improvisado

Amy tinha fases, mas os relatos dos bares de Camden falam de um Rickstacy — combinação anárquica de vodka, banana liqueur, Southern Comfort e Baileys. O drink é tão caótico quanto genial, assim como suas apresentações ao vivo. No fundo, uma metáfora líquida da própria Amy: doce, amarga e impossível de esquecer.
Kurt Cobain e o “copão do acaso”

Não existe drink oficial do Kurt. Mas os bastidores registram garrafas de vinho barato, cerveja e o que aparecesse. O caos líquido acompanhava a poesia distorcida. Se fosse pra inventar, o drink dele seria um “Whatever Sour”: limão, bourbon, refrigerante genérico e um toque de ironia.
Do palco pro copo
A relação entre música e bebidas é tão íntima que alguns drinks acabaram virando parte da discografia cultural. Quer experimentar essa conexão em casa? Monte uma playlist e alinhe uns copos.
- Whiskey Sour: o clássico dos mares e das guitarras
- Negroni: o drink italiano que conquistou até quem canta jazz
- Gin Tônica: refrescância e atitude no copo
Referências
- NME – Musicians and their iconic drinks
- Difford’s Guide – History of musicians and cocktails
- Rolling Stone – Rock stars and their favorite drinks