Drinks esquecidos que merecem um retorno
O lado B dos clássicos: drinks esquecidos que merecem comeback
Todo mundo lembra de um ex que quase virou lenda, mas acabou esquecido na curva da vida. No mundo dos coquetéis, acontece a mesma coisa: uns viram rockstars como o Negroni e o Mojito, outros ficam relegados ao bar poeirento da esquina, esperando um revival que nunca chega.
Pois bem: hoje é dia de resgatar os drinks esquecidos que merecem comeback — aqueles “lado B” que, com um bom bartender e um empurrãozinho de cultura pop, poderiam brilhar de novo.
Clover Club: espuma cor-de-rosa e cara de barbearia vintage

Antes do Cosmopolitan dominar as pistas nos anos 90, o Clover Club já fazia bonito no começo do século XX: gin, framboesa, limão e clara de ovo. É tipo um hipster que nasceu antes do hipster existir.
E se você acha que clara de ovo no drink é esquisito, lembra que já te enfiaram ovo cru no quentão e você tomou feliz.
👉 Leia também: 10 coquetéis clássicos com ovo cru
Aviation: azulzinho de filme noir

Esse coquetel parece inventado para o Instagram, mas nasceu em 1916. O Aviation mistura gin, maraschino e creme de violeta — aquele licor que tem gosto de perfume da sua tia chique.
O resultado é um tom lilás/azulado que faria inveja ao filter do VSCO.
👉 Quer saber mais? Coquetel Aviation: do céu para o seu copo
Mary Pickford: Hollywood em um copo

Criado em Havana nos anos 20 e batizado com o nome da “queridinha da América”, o Mary Pickford mistura rum, suco de abacaxi, grenadine e maraschino.
É doce, tropical e cinematográfico — como se Carmen Miranda tivesse feito um cameo em Casablanca.
👉 Descubra mais: Mary Pickford: unindo Hollywood e Cuba
Monkey Gland: imortalidade ou ressaca?

Anos 20, Paris, bartenders e cientistas malucos acreditando que transplante de glândulas de macaco dava juventude eterna. O Monkey Gland nasceu nesse delírio: gin, suco de laranja, grenadine e… absinto.
Resultado: um drink com nome esquisito e história ainda mais bizarra.
👉 Quer viajar nessa? Monkey Gland: imortalidade ou ressaca?
Corpse Reviver Nº 2: ressuscitador de almas

O próprio nome já entrega: esse coquetel foi criado para levantar defuntos (ou pelo menos ressacas). É gin, Cointreau, Lillet, limão e um toque de absinto.
Um clássico da IBA que ficou na sombra, mas que deveria estar em toda carta decente.
👉 Confira: Corpse Reviver Nº 2: ressuscitador de almas
Por que esses drinks sumiram?
- Mudança de modas: nos anos 80 e 90 a galera queria tudo doce e neon.
- Ingredientes difíceis de achar (oi, creme de violeta).
- Preguiça de bartender em usar clara de ovo.
Mas a verdade é que esses clássicos “lado B” têm alma, estética e sabor de sobra para ressuscitar. Basta alguém pedir no balcão com confiança.
Quer explorar mais clássicos subestimados?
Dá uma olhada:
- Boulevardier: um toque de elegância
- Sidecar: sofisticação vintage
- Last Word: a sofisticação proibida
Referências
- IBA – International Bartenders Association – Cocktail List
- Difford’s Guide – Forgotten Classics
- Liquor.com – Rediscovering Old Drinks